Chevette : Superando a VW Brasília LS, nas décadas de 70/80

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A disputa pela maior quantidade de vendas da Volkswagen ainda na década de 70 para frear as vendas do concorrente com a linha do Chevette foi lançar a Brasilia Ls e tentar de todas as formas "tomar" o mercado de vendas.

O Chevette era um modelo clássico e mais caro pois tinha uma produção de carro de luxo pra sua época. As vendas disputadas pelas montadoras e a Volkswagen estudava estratégias para substituir o Fusca com um carro que superasse expectativas.

Quem tem mais de 50 anos sabe que é impossível recordar os anos 70 sem trazer uma lembrança da Brasilia, e Brasilia Ls.


Brasilia-LS


Muito conforto por dentro e por fora mais compacta, o “modelo 102” foi uma ideia do alemão Rudolf Leiding, executivo responsável pela filial de São Bernardo do Campo até 1971. 

Ideias foram colocadas no projeto então a Volkswagen montou a linha do novo automóvel para se comparar ás comodidades oferecidas pelo Chevrolet Chevette.

Com a confiabilidade do Fusca ao estilo avançado a Brasilia dominou o segmento da sua apresentação, em junho 1973, até o lançamento da caprichada versão LS, em 1979. 

O Chevette era um carro que atraia a atenção dos mais exigentes por ter ítens exclusivos em sua linha.

Até o auge de 1978 (157.700 unidades), o popular VW recebeu  melhorias técnicas como dupla carburação,  estrutura reforçada, freios com duplo circuito e lanternas caneladas que lembravam um Mercedes-Benz.
Várias foram as mudanças para subir nas vendas do carro popular e chegar á líder em vendas.

A Brasilia LS acabou sendo uma resposta à oferta de modelos muito mais modernos e requintados, como o Chevrolet Chevette Super Luxo e o Fiat 147 GLS. 

Custava menos que os principais concorrentes e era imbatível no espaço interno, transportando até cinco adultos em seus 4,01 metros de comprimento.

Difícil mesmo era conversar: pouco se escutava com os dois carburadores, quatro cilindros e oito válvulas trabalhando atrás do banco traseiro. Quanto maior a pressa, maior o barulho da Brasilia.

O consumo médio de 12,28 km/l era apenas adequado à sua proposta. 

Após esse auge da Brasília, o Chevrolet Chevette ganhou a versão Hatch em 1980, para retomar o posto de vendas do modelo Chevette, sua aceitação foi imediata, gerando uma grande quantidade em vendas entre 80 e 82, porém foi após aperfeiçoar sua linha de automóveis que a GM consolidou seu carro mais querido, lançando um Chevette totalmente reestilizado após 1983.

A Brasília possuía muitos problemas estruturais. E, quanto maior a velocidade, maior o perigo: sensível a ventos laterais, a arcaica suspensão traseira por eixos oscilantes era notória pela tendência ao sobre-esterço, o que era acentuado pelos pneus diagonais. Custando 5% a mais que o modelo básico, a Brasilia LS 1980 recebeu novos bancos com apoios de cabeça ajustáveis e retrovisor interno dia/noite. 

Entre as cores metálicas, o castanho Barroco e o verde Mantiqueira perderam espaço e foram substituídos pelo marrom Avelã e verde Turmalina. Mas o desempenho da Brasilia não manteve o interesse do público. As vendas foram seriamente afetadas pela chegada de novidades, como o Chevette Hatch em 1980 e o VW Gol, e tiveram uma queda de 40% em 1980. 

Afastada da publicidade oficial, apenas 20.144 foram comercializadas em 1981 e a produção foi encerrada em março de 1982.  

Logo o Chevette volta ao topo e se inicia o ciclo com as vendas do Gol da Volkswagem.
Porem a nova linha do Chevette estava agradando mais seus compradores pois era confortável e mais potente na época. Mantendo fiéis seus donos. Que tinham no Chevette um carro á altura dos melhores modelos nacionais.